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Os desafios da inovação pedagógica e metodologias ativas são debatidos em seminário na UFLA

Published: Thursday, 04 December 2014 12:55 | Last Updated: Tuesday, 14 November 2017 16:15
Professor Ronei  Martins apresentou um panorama sobre a utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação na UFLA

O atual estágio de utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) na Universidade Federal de Lavras (UFLA), bem como os possíveis caminhos para o aprimoramento do ensino nos cursos universitários por meio da adoção de metodologias ativas e da inovação pedagógica motivou o debate durante seminário promovido nesta terça-feira (2/12). O evento foi organizado pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG) e pelo Centro de Educação a Distância (Cead/UFLA).

O primeiro palestrante foi o coordenador do Cead/UFLA, professor Ronei Ximenes Martins, que apresentou um panorama sobre a utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação na mediação pedagógica. Ele iniciou reforçando que o conceito de inovação no âmbito educacional é “uma mudança deliberada e conscientemente assumida, visando ao aprimoramento da ação pedagógica”.

Segundo o professor, no contexto atual da educação superior, existe uma convergência entre a educação presencial e a online, além de alta disponibilidade de tecnologias. No entanto, existem alguns desafios que devem ser superados para o enfrentamento do paradigma ensino-aprendizagem. Esses desafios exigem reflexão em três vertentes: a condição docente, os ambientes de aprendizagem (presenciais ou virtuais) e a utilização das tecnologias digitais.

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O professor Ximenes explicou que o contexto atual exige uma interação dinâmica entre as pessoas que estão em processo de aprendizagem, os conhecimentos, o ambiente, a cultura e a ética que as envolve. “A mediação pedagógica necessita que se estabeleçam processos de troca durante a aprendizagem. Além disso, quando a mediação pedagógica se dá por meio de tecnologias requer, e paradoxalmente provoca, mudanças profundas na forma de agir e de pensar dos estudantes, professores e gestores”, enfatizou.

O professor também compartilhou alguns resultados da pesquisa intitulada “Avaliação de desempenho docente em tecnologias da informação e comunicação: um estudo transcultural Brasil – Portugal”, realizada entre 2011 e 2013. Segundo o estudo, realizado também na UFLA, a maioria dos professores pesquisados apresenta bons indicadores de competência para operações básicas e conceitos, ferramentas de produtividade, comunicação e de pesquisa. Entretanto, cerca de 70% dos professores declararam não adotar, de forma rotineira, as TDIC nas práticas docentes em sala de aula.

Experiência compartilhada

A segunda palestra, sobre Metodologias Ativas no Ensino Superior,  foi apresentada pela professora Dilmeire Sant`Anna Ramos Vosgerau, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que é  doutora na área de Educação, com ênfase em Tecnologia da Informação e da Comunicação.  Ela compartilhou experiências sobre a temática e os resultados já obtidos na implantação de Metodologias Ativas no ensino de graduação da PUC. Dentre elas, a sala de aula invertida (Flipped Classroom), que propõe a adoção de estratégias e métodos para que os estudantes se mantenham ativos e sejam protagonistas durante o processo de aprendizagem dos conteúdos.

Em sua apresentação, foi ressaltada a significativa mudança no contexto da educação, provocada por uma série de fatores, com destaque para as tecnologias de informação. Em meio a uma diversificada rede de teorias, o professor deve saber situar a teoria que fundamenta sua prática, escolher a abordagem coerente com essa teoria, configurar uma metodologia de trabalho que contemple os princípios da abordagem escolhida e executa os métodos mais apropriados a cada contexto, utilizando técnicas e instrumentos adequados.

Dentre as diferentes teorias de aprendizagem, Dilmeire Vosgerau apresentou algumas peculiaridades da metodologia de aprendizagem ativa. Ela explicou que a metodologia transfere o foco da atenção, antes no professor, para um maior comprometimento do aluno no processo ensino-aprendizagem. Entre as vantagens apresentadas, ela destacou o desenvolvimento da autonomia; a ampliação da aprendizagem por pares; a inserção da pesquisa no processo de aprendizagem; o desenvolvimento cognitivo e da expressão; o estímulo ao pensamento crítico, análise e a resolução de problemas; a imersão cognitiva e social; a ampliação da aprendizagem significativa e experimentações ativas e a criação de um ambiente que possibilita discussões reflexivas.

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